De quando em vez lá me lembro de rever a minha lista de objectivos e ganho uma nova força para concretizar aqueles que estão em suspenso.
Não me refiro aos "pequeninos" - ver o por do sol a beber uma cerveja e comer tremoços - nem aos "gigantes" - ser pai - mas sim aos objectivos que implicam uma planificação e um trabalho diário - aprender uma língua nova.
Como acontece em tudo na vida, umas vezes sentimo-nos mais confiantes, mais entusiasmados, mais incentivados e outras vezes sentimos o oposto.
Com o tempo aprendi que colocava essa força na mãos dos outros. Precisava de um feedback frequente para manter "o plano a decorrer" - este é (mais) um defeito que encontrei na minha maneira de encarar algumas coisas.
A tranquilidade que tenho hoje permitiu-me perceber que essa é uma responsabilidade minha e não dos outros. Quando transmitia essa "responsabilidade" para as pessoas que me rodeiam ficava dependente do que elas achavam bem ou mal e esquecia-me do que eu na realidade queria.
Além disso - e como um erro leva ao outro - exponha-me demasiado o que me fazia ficar ainda mais "frágil" à influência da opinião dos outros na minha vida.
Ao depender do feedback de outros para ter "força" para a vida que era minha, colocava-me numa situação ainda mais complexa. Uma acção minha levava a interpretações e feedback's diferentes com que eu acabava por não saber lidar por querer agradar a "gregos e troianos". Exemplo: Vou viver com a minha namorada. Uns amigos dizem "É muito cedo, devias esperar mais tempo" e outros "Fazes bem, tens que aproveitar a vida".
Se eu procuro a aceitação dos outros vou ficar dividido e a minha opção iria sempre parecer que podia não ser a correcta. Quem é que quer uma vida assim?! Ninguém!
Mais uma vez repito que "Os outros não tem culpa nenhuma, eu é que me colocava nessa posição".
Colocar a responsabilidade em mim mesmo não implica deixar de pedir opiniões quando julgamos ser necessário, mas há que saber fazer a pergunta (não te preocupes namorada que não tive duvidas nenhumas em relação a isto)
É diferente perguntar:
- Vou viver com a minha namorada, que conselho tens para me dar?
ao invês de:
- Achas que devo ir viver com a minha namorada?
Na primeira forma, já assumimos o que queremos e damos menos opções para ser influenciados ou deixar que decidam por nós. Na segunda, o que os outros acharem seria aquilo que nos iria parecer o certo. Mas nesta segunda se perguntamos a 3 ou 4 pessoas e as opiniões são todas distintas umas das outras... ficamos ainda pior do que no inicio, certo?
Este é apenas um exemplo, mas em quantas situações da vida nos deparamos com situações de "pedir opiniões" e ficamos influências pelo que os outros nos dizer, e não fazemos o que realmente nos apetecia fazer?
Pedir um aumento, fazer uma viagem, mudar o corte de cabelo, vestir de determinada forma...etc.
Hoje assumo a responsabilidade das minhas vontades. E aprendi a aceitar a decisão dos outros sem os julgar ou pensar que "estão a fazer mal". É nessa responsabilidade que apenas depende de mim que vou buscar as forças que preciso para cumprir os objectivos que defini e não ao feedback que recebo dos outros como acontecia no passado.
Ouço as opiniões, mas não quer dizer que as siga.
E sou feliz assim!
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