...tudo o resto é ilusão.
De uma forma mais longa ou curta, mais simples ou intensa, criamos ilusões para não percebermos que estamos sós. Que dependemos de nós mesmos para viver.
As ilusões, são as coisas chamo de "entretantos". São mais ou menos longas conforme as nossas escolhas e as das pessoas que nos são próximas.
São os entretantos que nos trazem a felicidade... E também as desilusões.
As nossas escolhas são isso mesmo. Nossas. Dependem unicamente de nós. E penso que será devastador o resultado se tomarmos as decisões por influencia de outros. Contudo, muitas vezes, nós próprios parece que temos falta de coragem para as tomar. Deixamos rolar... Deixamos o convite por fazer, deixamos a carta por escrever, deixamos as palavras por dizer.
Eu sempre estive preparado para morrer só! Acho que no final da vida, mesmo sozinho, não me vou sentir só! Terei comigo toda uma vida de experiências e memórias que me farão companhia.
Tenho a certeza que não vou morrer na solidão, por isso não me importo de morrer só.
Viver só é outra coisa. Não fui, nem concebo a ideia do ser humano ter sido feito para viver só.
Não é natural, não dá origem a outras vidas e será um enorme desperdício para outra pessoa.
Não estar só, não significa que tenha que ser uma namorada, mulher ou amante, ainda que essa partilha seja o que considero mais natural e desejo na minha vida. Pode muito bem ser um filho, uma irmã, um sobrinho ou alguém especial com quem partilhamos a vida.
Quando estiver só, sei que não estou sozinho... estou apenas no meio de dois entretantos, sem nenhuma ilusão!!
E vou viver para mim esse momento.
Na maior parte das vezes estamos sós...por opção... mesmo que inconscientemente....É bom saber viver só...mas é muito mais fantástico sentir que mesmo na solidão existem aqueles que nos fazem sentir únicos...Eu cá dispenso a solidão... e espero morrer com a satisfação de ter feito alguém muito feliz...
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