sexta-feira, dezembro 18, 2009

"EU JA FUI..."











Morre lentamente...

"Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
Quem prefere O "preto no branco"
E os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis,
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da
Chuva incessante,
Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o
Simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!»

Pablo Neruda

terça-feira, dezembro 15, 2009

A maneira como fazes as coisas que fazes...

A maneira como fazes as coisas que fazes
tem uma maneira unica de ser,
Faz-me querer estar contigo,
desde o raiar do sol até ao anoitecer.

Não é uma maneira estranha,
mas também não é banal...
Não sei se consigo explicar,
porque penso que és "a tal"...

Fica só mais um bocadinho
junto a mim ao acordar.
Deixa-me sentir, observar,
e deixa-me amar.

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Uma pequena "lembrança"

Depois do dia 13/12/2009 os nivéis de segurança no Mundo em geral, e nos locais turisticos em particular, nunca mais será o mesmo.

Silvio Berlusconi foi agredido com uma réplica do Duomo, o edifício mais emblemático de Milão, uma daquelas réplicas que se encontra em qualquer quiosque ou vendedor de rua.

Quando esta noticia se começou a espalhar, constou-me que o a pessoa que mais preocupada ficou foi o Nicolas Sarkozy. É que levar um soco com o Duomo é uma coisa, mas levar com uma Torre Eiffel é outra totalmente diferente.

Quem não se mostrou muito preocupado foi José Socrates. Eu também acho que ele não tem grandes motivos para se preocupar, visto que as nossas obras mais emblemáticas ainda vão ser feitas. E daqui a haver réplicas do TGV ainda vai uma grande distância.

É certo que temos a Torre de Belém, e vários mosteiros com tectos pontiagudos que podia deixar marcas em algumas faces, mas nos ultimos tempos as "Faces" andam todas "Ocultas" e é dificil acertar nelas assim.

Pelo sim, pelo não, e porque prevenir vale a pena, a partir de agora penso que por uma questão de segurança, deveria ser obrigatório construir todas as replicas dentro daquelas bolas de vidro onde, se agitarmos bem, podemos ver a nevar em cima do mesmo.

sexta-feira, dezembro 11, 2009

A importancia da pergunta "Como está o tempo?"

Vivemos num país onde algumas pessoas tem por habito aproveitar qualquer oportunidade que tenham para começar a relatar as desgraças da sua vida. Essas pessoas tem um nome, chamam-se "portugueses".
É por isso que não devemos arriscar a fazer perguntas sobre "como vai a vida?!" de alguem que já não vemos à muito tempo. No outro dia quis ser simpático e fazer uma pergunta do genero e volvidos 5 minutos essa pessoa estava com as lagrimas nos olhos (literalmente) e a lamentar-se da vida.

Para problemas já tenho os meus. Não sou daqueles que ache que valha a pena ficar triste ou sofrer por solidariedade.

Faz-me lembrar quando vou ao shopping num dia de chuva, o carro vai cheio, e só ha lugares no parque descoberto. O que custa ao condutor deixar os passageiros á porta e ir estacionar o carro? "Eu estaciono e vamos todos à chuva porque estão no meu carro. Se eu apanho chuva, então apanhamos todos" (digam lá se isto já não vos aconteceu). E então ficam todas as pessoas molhadas por solidariedade. Quem e o que se ganha com isto?!

Desenvolvendo...
É por isso que quando não vale a pena correr riscos, e quando encontrarem alguem que não tenham a certeza de como irá a sua vida pessoal, antes que ela tenha oportunidade de se começar a lamentar, puxem logo conversa: - " Então Maria, ao tempo que não nos viamos. Acho que foi no Verão, certo? Estava um calor nesse dia..." e depois desenvolvem a conversa a partir dai... Acreditem, mais vale jogar pelo seguro!

Caso não sejam muitos bons a falar das condições atmosfericas, então só tem outra opção, onde essas pessoas estranhas, os "portugueses", também são muito bons. Falem de "alguem" em comum e que a vida não vá lá muito bem (se a vida dessa pessoa estiver boa, o tema esgota-se rapido): " Então Maria, ao tempo que não nos viamos. Acho que foi no Verão, certo? Então e é verdade que o Jorge se divorciou? Eu bem disse que ela lhe ia meter os cornos"... depois é só desenvolver...

Não é bonito fazer conversa de chácha, e menos bonito é falar dos outros... Mas o que não é nada agradavel é termos alguem a queixar-se dos seus problemas, sem nos conhecer o suficiente, quando todos temos os nossos.